Introdução
O livro Genealogia da Ferocidade, escrito por Silviano Santiago, é uma obra que busca investigar a construção da identidade brasileira e sua relação com a violência.
Através de uma abordagem interdisciplinar, que combina a análise literária, histórica e antropológica, Santiago procura desvendar as raízes da ferocidade que caracteriza a sociedade brasileira.
A construção da identidade brasileira
O autor argumenta que a identidade brasileira foi construída sobre a base da violência e da opressão, desde a colonização portuguesa até a contemporaneidade.
Santiago destaca a importância da escravidão, do genocídio indígena e da repressão política na formação da sociedade brasileira, e como esses eventos contribuíram para a naturalização da violência como forma de resolução de conflitos.
A ferocidade como forma de controle social
O autor demonstra como a ferocidade foi utilizada como forma de controle social, tanto pelas elites quanto pelo Estado, para manter a ordem e a hierarquia social.
Santiago analisa como a violência foi institucionalizada em diferentes períodos da história brasileira, desde a Inquisição até a ditadura militar, e como isso contribuiu para a perpetuação da ferocidade como forma de resolução de conflitos.
A sequência de eventos do livro
O livro Genealogia da Ferocidade segue uma estrutura cronológica, começando pela colonização portuguesa e seguindo até a contemporaneidade.
O autor apresenta uma série de eventos e processos históricos que contribuíram para a construção da identidade brasileira e para a naturalização da ferocidade, como a escravidão, o genocídio indígena, a Independência, a República e a ditadura militar.
Ao longo do livro, Santiago também realiza uma análise crítica da literatura brasileira, destacando como os autores brasileiros, como Machado de Assis e Euclides da Cunha, abordaram a questão da ferocidade em suas obras.